As previsões de John Battelle já são algo tradicional para quem acompanha o mercado de buscas na internet e de mídia digital, e ele melhora a cada ano: das quatorze feitas para 2007, dez estavam corretas. Vale a pena conferir integralmente as previsões de 2008. Há uma para cada um dos grandes players do mercado.
As principais tendências mencionadas pelo oráculo são as seguintes:
1 - No mundo da Web 2.0, os muitos players que receberam venture capital em 2005/2006 e não decolaram até agora sairão do mercado como resultado de uma filtragem natural. Em outras palavras, se deu certo, ótimo, se não deu, fica pra Web3. Curioso que, nas previsões para 2007, ele acertou que haveria alguma agitação em torno do possível estouro de uma bolha, coisa que não passaria de esforço imaginativo. Essa saída do mercado dos players cujo desempenho não se demonstrou razoável não tem nada a ver com uma eventual bolha - é um processo normal e saudável, nas palavras do próprio Battelle.
- O melhor artigo que li em 2007 sobre uma suposta bolha é este, publicado no Bits do New York Times.
- Carlota Perez, autora de Technological Revolutions and Financial Capital: The Dynamics of Bubbles and Golden Ages, dá uma geral no assunto aqui.
- Um artigo interessante do Jonathan Zittrain, publicado na Harvard Business Review identifica nessa abertura, que sempre existiu para o PC (o PC é um dispositivo "multi-purpose"), o verdadeiro fundamento da criatividade que formou aquilo que, hoje, conhecemos como Internet. Nos nossos PDAs, celulares e afins de hoje, o usuário médio só faz aquilo que a fabricante e a operadora o deixam fazer, e Zittrain entende que a derrota desse modelo fechado trará mais coisas novas para a Internet. John Battelle diz que isso é o que gerará a possibilidade de uma economia fundada em internet móvel.
- Mais um excelente artigo do New York Times sobre aquisições do gênero.
- Recomendo o site e as apresentações do Martin Lindstrom pra quem se interessa pelo assunto; um artigo da Wired sobre crowdsourcing, embora não tenha relação com marketing ou publicidade, dá um panorama sobre uma mudança profunda na forma de produção de conteúdos na Internet - o que, penso, tem tudo a ver com o modelo de long tail e com o fato de que o top-down não funciona mais como antes.